quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O exemplo de Jesus autoriza pastores solteiros?

Antes de responder à pergunta, devemos colocá-la no contexto do ensinamento do Novo Testamento. Alguns fatos são evidentes nas descrições da igreja primitiva no Novo Testamento:

➊ Os termos presbítero, pastor e bispo são descrições diferentes dos mesmos servos (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-2);

➋ Deus revelou, pelas epístolas de Paulo, qualificações essenciais que todos os presbíteros/bispos/pastores devem ter (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Ele introduziu estas qualificações com as expressões “É necessário” e “é indispensável”;

➌ Entre as qualificações, ele incluiu: “esposo/marido de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). As igrejas que seguem a palavra de Deus, portanto, insistem em pastores casados, além de exigir as outras qualificações (filhos crentes, caráter irrepreensível, capacidade para ensinar, etc.)

Mas, as práticas da maioria das denominações atuais são outras. Uma série de mudanças ao longo da história já criou um entendimento diferente e bem difundido no mundo religioso. Muitas igrejas fazem uma distinção não-bíblica entre pastores, presbíteros e bispos. A maioria adota qualificações humanas (formação teológica, por exemplo) no lugar das qualificações dadas por Deus. Como resultado, muitos são chamados “pastores” sem ter as qualificações bíblicas. Alguns são solteiros. Outros são casados, mas sem filhos ou com filhos pequenos, ainda incapazes de ser crentes.

Quando alguém questiona as qualificações destes pastores, as defesas são várias. Muitos simplesmente citam as normas das suas denominações sem se preocuparem com a palavra de Deus. Desta maneira, justificam até “pastoras”! Outros adotam interpretações que acrescentam palavras ao texto bíblico, dizendo que “se o pastor for casado, deve ter uma só mulher”. O problema óbvio é que o texto não diz isso, e nós não temos direito a acrescentar nada à palavra revelada pelo Espírito Santo.

Uma outra abordagem para justificar os pastores não qualificados é citar o próprio Jesus que, mesmo sem se casar, é o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4; João 10:11). Se Jesus tivesse dito para escolher pastores baseado no exemplo dele, este argumento seria válido, mas incompleto. Se for aplicar o exemplo de Jesus acima da palavra revelada, teríamos que aceitar a noção católica de um pastor celibato sobre a igreja universal, pois Jesus é o pastor da igreja toda! Mas o testamento de Jesus, que entrou em vigor após a sua morte, exige pastores casados que governam bem as suas famílias e cuidam de igrejas locais.

Vamos seguir a palavra do Senhor ou as tradições dos homens? Leia Mateus 15:6-9!



Fonte: Pr. Dennis Allan em Estudos da Bíblia
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