terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mistura explosiva de ódio, ignorância e fundamentalismo religioso atingem novo patamar


A paquistanesa Malala Yousafzai, de 14 anos, queria uma coisa simples: estudar. E que suas amigas, da região do Vale do Swat, no norte do Paquistão, também pudessem ir à escola. Por causa desse sonho, Malala foi vítima de um atentado do grupo fundamentalista Talibã. Atingida na cabeça e no pescoço por tiros disparados por um homem que entrou no ônibus escolar e perguntou quem era Malala.

Heroína da Educação

Desde os 11 anos que Malala Yousafzai, com o apoio de seus pais, divulgava suas ideias na internet. Por seu turno os radicais do Talibã espalhavam pelo interior do país uma ordem para que todas as escolas femininas fossem fechadas. As mulheres deveriam se limitar a sua casa, só sair na rua acompanhada de um homem parente, se submeter a casamentos arranjados ainda na infância e se dedicar a procriar filhos. Malala não se atemorizou e continuou frequentando a escola em companhia de suas amigas no vale de Swat e no blog denunciava os atos de violência promovidos pelo Talibã contra escolas no Paquistão. A campanha de Malala lhe rendeu admiradores e reconhecimento dentro e fora do país. Ela apareceu em TVs nacionais e internacionais falando de seu sonho de um futuro em que a educação no Paquistão prevalecesse. Após o ataque, Malala segue internada em observação médica.

Exemplo a ser seguido

Malala é um exemplo que uma arma não consegue matar um ideal. Não impede que outras pessoas prossigam a caminhada em direção à liberdade de escolha, de religião, de vida e de opinião. O mundo melhor se constrói com o respeito aos direitos humanos e o desejo de cada um construir a sua própria felicidade dentro da legalidade. O exemplo de Malala não pode ser esquecido. No calor das emoções e da indignação, existe a esperança de que esta tragédia, que é um atentado contra a humanidade, seja uma virada histórica contra o extremismo. Mas, muito cedo para julgar. Por ora, sendo professor e um idealista que acredita na força da educação como transformadora de vida, eu torço por Malala Yousafzai!



Fonte: Prof. Sandro Silva Araujo em Atibaia
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