segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Obama ordena que Jerusalém seja citada como capital de Israel‎

Além disso, a plataforma de governo do Partido Democrata ganhou uma menção à palavra "Deus"

A plataforma de governo do Partido Democrata dos EUA foi alterada -- com a inclusão de Jerusalém como capital de Israel e uma referência a Deus -- por instrução direta de Barack Obama, de acordo com o site norte-americano Politico.

Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam Jerusalém como capital. A cidade - sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos - foi capturada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Anos mais tarde, o governo israelense anexou a cidade e a declarou sua capital "eterna e indivisível". As iniciativas israelenses, no entanto, são rechaçadas pela comunidade internacional, que defende uma solução negociada.

Contrariando a plataforma democrata de 2008, a versão deste ano não definia Jerusalém como capital de Israel. Com a emenda, e afastando-se da política oficial norte-americana de que os assuntos finais de estatuto dos territórios disputados devem ser definidos entre as partes, a nova versão da plataforma refere que "Jerusalém é e será a capital de Israel".

Além disso, o texto ganhou a palavra "Deus", cuja omissão em todo o documento vinha também sendo criticada pelos republicanos. Agora, a plataforma diz que o papel do governo é ajudar as pessoas a alcançarem o seu "potencial dado por Deus", em vez de apenas "potencial".

Reação

Políticos palestinos criticaram a decisão de Obama. Nabil Abu Rudeina, conselheiro do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmud Abbas, qualificou a decisão do Partido Democrata como "propaganda eleitoral".

Segundo ele, o não reconhecimento à reivindicação palestina de ter Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado "destruiria o processo de paz" e levaria a uma "guerra interminável".

Autoridades israelenses não comentaram o assunto.


Fonte: Opera Mundi
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