Em princípio, queda teria sido interpretada como uma manifestação carismática não muito incomum no meio pentecostal
“Ela morreu fazendo o que mais gostava”. Apesar da difícil missão de enterrar um ente querido, o pai de Luana Carine de Souza Moraes, de 30 anos, que morreu após sofrer um infarto durante um culto, se diz mais confortável ao saber que a filha estava na presença de Deus no momento do ocorrido. A mulher, que era evangélica há quase 15 anos, passou mal logo após abrir o culto da Igreja do Evangelho Quadrangular do Bairro Tiradentes, na noite deste domingo (15). Ela ainda estava no altar quando caiu desacordada no palco. Por alguns instantes, a queda de Luana chegou a ser interpretada como uma manifestação carismática, algo bastante comum em igrejas pentecostais.
“Algumas pessoas comentaram sobre a demora na prestação de socorro. Mas é comum em igrejas evangélicas as pessoas terem os sentidos arrebatados pelo Espírito Santo. Infelizmente, no caso de Luana, não foi o que aconteceu”, disse o agente de saneamento Paulo Ribeiro, de 48 anos, que conhecia Carine há dois anos e é amigo do marido dela desde a infância.
Com o marido Watson e os filhos: segundo o pai, a pregação do evangelho era um dos maiores prazeres da vida da jovem
De acordo com declarações de pessoas que estariam assistindo o culto, logo que percebeu que Luana não levantava, o pastor da igreja teria tentado despertá-la. Foi quando ele se deu conta de que algo estava errado e levou-a para um outro cômodo. Duas técnicas de enfermagem, colegas de Luana, prestaram os primeiros socorros até que uma equipe do Samu chegasse ao local. Todavia, ela não resistiu e veio a óbito.
“Foi uma fatalidade”
Inconsolável, o pai de Luana confirma que todo o atendimento médico necessário foi prestado à filha. “Tudo o que eles puderam fazer foi feito. Toda a família estava na igreja. Eu e a mãe dela, o esposo e os dois filhos. Também pensamos que ela teria sido arrebatada pelo Espírito Santo. Foi uma fatalidade. Sinto como se tivessem tirado um pedaço de mim, mas posso afirmar que Luana morreu fazendo o que ela mais gostava”, lamentou o aposentado Márcio Lúcio de Souza, de 58 anos.
Atualmente, Luana Carine era membro da Igreja do Evangelho Quadrangular do Tiradentes. Ela também já participou da Igreja Batista Missionária e do grupo Grito de Alerta. Luana, que residia no Bairro das Fontes, era casada com o metalúrgico Watson Moraes, com quem tem dois filhos, um de cinco e outro de oito anos.
Ainda segundo o pai de Luana, a filha também era bastante conhecida por já ter trabalhado em uma empresa de locação de veículos no aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso. Mas, há cerca de um mês trabalhava como autônoma.
Sem histórico de doença
Segundo o pai de Luana, ela nunca teria se queixado de qualquer sintoma da doença. “Ela nunca reclamou de dor no peito e sequer temos histórico familiar de infarto. Não entendemos o que pode ter ocorrido. Só podemos lamentar a sua ida. A Luana era uma pessoa dócil, humana e muito temente a Deus. Não vai ser fácil superar esta perda”, avaliou.
Outro ponto ressaltado com orgulho pelo pai de Luana foi o fato de a filha ter sido responsável por evangelizar boa parte da família. “Foi ela quem levou minha esposa e eu para a igreja. O prazer dela era pregar a palavra de Deus e ajudar as pessoas a sair do fundo do poço. Ela tinha o dom de resgatar usuários de drogas e demonstrava prazer nisso. A pregação era a vida dela. Muitos dos que aqui estão são pessoas que a Luana ajudou espiritualmente. Ela era uma pessoa abençoada e, por isso, só Deus pode explicar o porquê de sua partida”, disse inconsolável.
O velório aconteceu durante todo o dia, na capela central do cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga. O sepultamento foi realizado às 17h.
Fonte: JVA Online
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“Ela morreu fazendo o que mais gostava”. Apesar da difícil missão de enterrar um ente querido, o pai de Luana Carine de Souza Moraes, de 30 anos, que morreu após sofrer um infarto durante um culto, se diz mais confortável ao saber que a filha estava na presença de Deus no momento do ocorrido. A mulher, que era evangélica há quase 15 anos, passou mal logo após abrir o culto da Igreja do Evangelho Quadrangular do Bairro Tiradentes, na noite deste domingo (15). Ela ainda estava no altar quando caiu desacordada no palco. Por alguns instantes, a queda de Luana chegou a ser interpretada como uma manifestação carismática, algo bastante comum em igrejas pentecostais.
“Algumas pessoas comentaram sobre a demora na prestação de socorro. Mas é comum em igrejas evangélicas as pessoas terem os sentidos arrebatados pelo Espírito Santo. Infelizmente, no caso de Luana, não foi o que aconteceu”, disse o agente de saneamento Paulo Ribeiro, de 48 anos, que conhecia Carine há dois anos e é amigo do marido dela desde a infância.
Com o marido Watson e os filhos: segundo o pai, a pregação do evangelho era um dos maiores prazeres da vida da jovem
De acordo com declarações de pessoas que estariam assistindo o culto, logo que percebeu que Luana não levantava, o pastor da igreja teria tentado despertá-la. Foi quando ele se deu conta de que algo estava errado e levou-a para um outro cômodo. Duas técnicas de enfermagem, colegas de Luana, prestaram os primeiros socorros até que uma equipe do Samu chegasse ao local. Todavia, ela não resistiu e veio a óbito.
“Foi uma fatalidade”
Inconsolável, o pai de Luana confirma que todo o atendimento médico necessário foi prestado à filha. “Tudo o que eles puderam fazer foi feito. Toda a família estava na igreja. Eu e a mãe dela, o esposo e os dois filhos. Também pensamos que ela teria sido arrebatada pelo Espírito Santo. Foi uma fatalidade. Sinto como se tivessem tirado um pedaço de mim, mas posso afirmar que Luana morreu fazendo o que ela mais gostava”, lamentou o aposentado Márcio Lúcio de Souza, de 58 anos.
Atualmente, Luana Carine era membro da Igreja do Evangelho Quadrangular do Tiradentes. Ela também já participou da Igreja Batista Missionária e do grupo Grito de Alerta. Luana, que residia no Bairro das Fontes, era casada com o metalúrgico Watson Moraes, com quem tem dois filhos, um de cinco e outro de oito anos.
Ainda segundo o pai de Luana, a filha também era bastante conhecida por já ter trabalhado em uma empresa de locação de veículos no aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso. Mas, há cerca de um mês trabalhava como autônoma.
Sem histórico de doença
Segundo o pai de Luana, ela nunca teria se queixado de qualquer sintoma da doença. “Ela nunca reclamou de dor no peito e sequer temos histórico familiar de infarto. Não entendemos o que pode ter ocorrido. Só podemos lamentar a sua ida. A Luana era uma pessoa dócil, humana e muito temente a Deus. Não vai ser fácil superar esta perda”, avaliou.
Outro ponto ressaltado com orgulho pelo pai de Luana foi o fato de a filha ter sido responsável por evangelizar boa parte da família. “Foi ela quem levou minha esposa e eu para a igreja. O prazer dela era pregar a palavra de Deus e ajudar as pessoas a sair do fundo do poço. Ela tinha o dom de resgatar usuários de drogas e demonstrava prazer nisso. A pregação era a vida dela. Muitos dos que aqui estão são pessoas que a Luana ajudou espiritualmente. Ela era uma pessoa abençoada e, por isso, só Deus pode explicar o porquê de sua partida”, disse inconsolável.
O velório aconteceu durante todo o dia, na capela central do cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga. O sepultamento foi realizado às 17h.
Fonte: JVA Online
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