domingo, 29 de abril de 2012

Ataque contra cristãos em igreja do Quênia mata uma pessoa e deixa 16 feridos

Sangue é visto em chão de igreja do Quênia depois de ataque a granada

Pelo menos uma pessoa morreu neste domingo e outras 16 ficaram feridas em consequência de um atentado contra uma igreja em Nairóbi, informou o jornal local Daily Nation. Segundo o periódico queniano, uma granada explodiu na manhã de hoje na Igreja Internacional de Deus de Milagros, no distrito de Ngara.

A polícia informou que o pastor da igreja estava encerrando a missa quando um homem jogou uma granada e correu para a rua. Algumas pessoas que estavam na igreja perseguiram o homem, que então pegou o que a polícia disse ser uma pistola de 9 mm e atirou neles até escapar por becos em uma área residencial e de mercados.

"Uma morte foi confirmada e outras 16 pessoas, incluindo o pastor, ficaram feridas. O motivo do ataque ainda não foi determinado", disse o porta-voz da polícia, Eric Kiraithe, em um comunicado.

O incidente ocorre uma semana depois que a Embaixada dos Estados Unidos emitiu um alerta advertindo seus cidadãos da possibilidade de atentados terroristas no Quênia. Os atentados no país africano aumentaram desde que as tropas quenianas invadiram a Somália em outubro do ano passado para combater a guerrilha islamita de Al Shabab, franquia da Al Qaeda no Chifre da África.

O Exército queniano, agora integrado na Missão da União Africana na Somália (Amisom), entrou há quase seis meses em território somali em resposta aos sucessivos sequestros que haviam sido cometidos nas zonas fronteiriças entre ambos os países e que ameaçavam o setor turístico do Quênia. O país se encontra em estado de alerta desde então e a segurança aumentou consideravelmente nos acessos a numerosos centros públicos e privados do Quênia.

O Al Shabab, que em fevereiro anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate as tropas do internacionalmente respaldado governo federal de transição somali, da Amisom, do Exército etíope e de várias milícias governistas, a fim de instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.

A Somália vive em estado de guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra e bandos de criminosos armados.



Fonte: Terra com informações da EFE e da Reuters
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