sexta-feira, 20 de abril de 2012

Na Rússia integrantes da banda punk Pussy Riot são julgadas após invadir altar de igreja

Três integrantes da banda de punk rock Pussy Riot ficarão presas até de junho por fazerem um protesto contra o presidente russo Vladimir Putin em uma catedral de Moscou, na Rússia. A decisão foi tomada pelas autoridades nesta quinta-feira (19).

Em fevereiro, cinco membros da banda – conhecida por se apresentar com máscaras coloridas e minissaias - subiram no púlpito da Catedral de Cristo O Salvador, o maior templo da Igreja Ortodoxa russa, e disseram “Santa Maria, afaste Putin de nós”.

Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alekhina e Yekaterina Samutsevich foram presas em março por vandalismo e devem ficar em reclusão até 24 de junho, enquanto as investigações policiais prosseguem. Os advogados das mulheres irão argumentar que elas devem ser soltas por terem filhos pequenos.

Segundo o policial Artyom Ranchenkov, a performance da banda em um lugar sagrado “foi ilegal e incrivelmente cínica”. A Igreja Ortodoxa russa também criticou a ação, classificando-a como “blasfema” e defendeu a punição das acusadas.

O protesto do grupo aconteceu a duas semanas das eleições presidenciais russas, que deram a vitória a Putin em meio a protestos populares e diversas denúncias de fraude.

A banda Pussy Riot ficou famosa em janeiro, ao tocar uma música com provocações ao presidente russo na Praça Vermelha – em um local que antigamente foi usado pelos czares para anunciar decretos do governo.

Protesto

Nesta quinta-feira, aconteceu ainda um protesto em favor das integrantes da Pussy Riot. Cerca de 200 manifestantes se posicionaram em frente à corte onde o caso foi julgado e pediram por liberdade.

Ativistas ligados à Igreja Ortodoxa também compareceram ao local e provocaram os demais manifestantes. A polícia prendeu cerca de 30 pessoas.

Críticas

Em entrevista a jornalistas de dentro da prisão, Nadezhda Tolokonnikova (foto) criticou o sistema de saúde da prisão e ironizou a polícia e a Igreja. “Para aqueles que nos prenderam, eu e minhas colegas de cela mandamos nossos melhores desejos. Desejamos que eles vivam em condições semelhantes a que temos vivido no último mês e meio”, disse.



Fonte: UOL com informaçõea de AFP
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