Há seis anos, a piauiense Susane Borges, de 43 anos, participava da parada gay de São Paulo quando foi abordada por um fiel da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), de quem partiu um convite para visitar a sede da congregação, voltada para o público homossexual, no centro de São Paulo.
Criada na Igreja Católica, Susane temia participar de cultos tradicionais. Desde 2005 vivendo com a companheira, Noemi Miranda, de 51 anos, ela já não aguentava mais ser vítima de preconceito.
Há pouco mais de três anos, as duas foram obrigadas a mudar de endereço quando os vizinhos descobriram que elas mantinham um relacionamento amoroso. Susane, que era esteticista e mantinha sua clínica em casa, acabou perdendo todos os clientes.
Hoje, as duas frequentam a ICM aos sábados e aos domingos. Na congregação, Susane cuida do ministério dos surdos, ajudando pessoas que, como sua companheira, sofrem de deficiência auditiva.
"Aqui, me sinto em casa. Não sou vítima de preconceito e ainda posso fazer novas amizades com outros casais homossexuais", conta ela à BBC Brasil.
Namoro
Natural de Teresina, Susane vive em São Paulo desde os 26 anos. Acreditava que, na cidade, se sentiria "mais livre" para ter relacionamentos homossexuais.
Em 2005, conheceu Noemi em uma sala de bate-papo na internet voltada para gays. Pouco tempo depois, marcaram um encontro e estão juntas até hoje.
Mas o começo do relacionamento foi "difícil". Ex-evangélica, Noemi, que havia sido casada com um homem por dois anos, já tinha um casal de filhos, Renato e Clarice, que, segundo ela, se espantaram quando souberam da orientação sexual da mãe.
Divorciada, Noemi levou as crianças para morar junto com Susane. "No início, eles não entendiam muito bem, mas, pouco a pouco, perceberam que eu era mais feliz assim", afirma.
Hoje, Susane e Noemi vivem com o filho Renato, que está noivo. A filha, Clarice, que engravidou na adolescência, saiu de casa há duas semanas para morar com um novo companheiro.
"Costumo brincar que meu neto tem duas avós maravilhosas", completa Susane.
Fonte: BBC Brasil
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Criada na Igreja Católica, Susane temia participar de cultos tradicionais. Desde 2005 vivendo com a companheira, Noemi Miranda, de 51 anos, ela já não aguentava mais ser vítima de preconceito.
Há pouco mais de três anos, as duas foram obrigadas a mudar de endereço quando os vizinhos descobriram que elas mantinham um relacionamento amoroso. Susane, que era esteticista e mantinha sua clínica em casa, acabou perdendo todos os clientes.
Hoje, as duas frequentam a ICM aos sábados e aos domingos. Na congregação, Susane cuida do ministério dos surdos, ajudando pessoas que, como sua companheira, sofrem de deficiência auditiva.
"Aqui, me sinto em casa. Não sou vítima de preconceito e ainda posso fazer novas amizades com outros casais homossexuais", conta ela à BBC Brasil.
Namoro
Natural de Teresina, Susane vive em São Paulo desde os 26 anos. Acreditava que, na cidade, se sentiria "mais livre" para ter relacionamentos homossexuais.
Em 2005, conheceu Noemi em uma sala de bate-papo na internet voltada para gays. Pouco tempo depois, marcaram um encontro e estão juntas até hoje.
Mas o começo do relacionamento foi "difícil". Ex-evangélica, Noemi, que havia sido casada com um homem por dois anos, já tinha um casal de filhos, Renato e Clarice, que, segundo ela, se espantaram quando souberam da orientação sexual da mãe.
Divorciada, Noemi levou as crianças para morar junto com Susane. "No início, eles não entendiam muito bem, mas, pouco a pouco, perceberam que eu era mais feliz assim", afirma.
Hoje, Susane e Noemi vivem com o filho Renato, que está noivo. A filha, Clarice, que engravidou na adolescência, saiu de casa há duas semanas para morar com um novo companheiro.
"Costumo brincar que meu neto tem duas avós maravilhosas", completa Susane.
Fonte: BBC Brasil
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