domingo, 9 de dezembro de 2012

Padre irritado com alunos que comemoravam aprovação da escola com guerra de ovos fere menina de 12 anos com chicote

'Chicote é a minha defesa pessoal', diz padre da cidade de Matinhos (PR).
Testemunhas dizem que uma menina de 12 anos foi atingida no rosto.

O Conselho Tutelar de Matinhos, no litoral do Paraná, acompanha a denúncia de que uma criança de 12 anos levou um golpe de chicote no rosto. De acordo com testemunhas, a chicotada foi aplicada pelo padre da cidade, Mansueto Pantarol, na sexta-feira (30).

O incidente ocorreu quando crianças comemoravam com ovos e farinha o fim do ano letivo do colégio que fica ao lado da igreja. Incomodado com a confusão, o padre chegou com um chicote para espantá-los.

“O que você faria se fosse na sua casa? Você não ia espantar? Esse incidente foi uma mínima coisa que aconteceu. Agora o padre é o ruim da história”, diz. O religioso ainda afirmou que o local virou uma praça de guerra, mas nega que o golpe tenha acertado a menina.

“O chicote é a minha defesa pessoal. Eu não uso arma, não sou policial e nem guarda municipal, mas eu tenho que cuidar da igreja”, conclui Mansueto.

O Conselho Tutelar de Matinhos orientou os pais da menina a registrarem um boletim de ocorrência na delegacia da cidade, e não passou mais informações sobre o incidente. Até as 19h20 não houve nenhum registro sobre o caso na delegacia da cidade. O G1 também não conseguiu localizar a família da criança para comentar o assunto.

Bispo não aprova o ato

O Bispo Dom João, da Cúria Diocesana de Paranaguá, responsável pela Paróquia de Matinhos, disse que conversou com o Padre Mansueto. “O padre disse que não foi ele que feriu a criança nos olhos. Ele tem que zelar pelo patrimônio da igreja. Temos que assumir o erro do padre e que não é uma orientação da Diocese, para que o padre aja desta forma, com o uso de um chicote. Nunca tivemos nenhum problema parecido como esse. É um caso isolado”, disse.

O bispo ainda disse que “a atitude a ser tomada pela Cúria Diocesana de Paranaguá é apurar bem os fatos junto ao padre e a família da menina que disse que foi ferida. A partir disso, vamos verificar a posição a ser tomada.”



Fonte: G1
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