quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Orgulho: um perigo fatal

O orgulho é a disposição de mostrarmos uma condição superior àquilo que realmente somos. Por mais capazes que sejamos, nunca poderemos nos esquecer que Deus nos faz servos. Por isso, no Antigo Testamento a palavra hebraica para orgulho realça a altivez ilusória da pecador, e no Novo Testamento, a palavra grega refere-se ao engano de olhar por cima dos demais, considerando-se insensatamente superior aos outros.

Esta disposição transforma-se em pensamentos, motivações, sentimentos e finalmente concretiza-se em comportamento tolo. É interessante como este pecado é tão comum em todo ser humano, e ao mesmo tempo tão prazeroso, e tão difícil de ser reconhecido em si mesmo. Mas, é precisamente por causa do próprio orgulho, é que ele se esconde, isso ocorre simplesmente porque somos motivados pelo sentimento de auto-preservação. O orgulho é sujo demais para aparecer manchando a nossa tão ilustre imagem! C.S. Lewis observa que “o orgulho é um câncer espiritual: devora toda possibilidade de amor, de contentamento ou até mesmo de senso comum.” (C.S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples)

O resultado final do pecado que ostenta, e que nos ilude com uma pseudo-elevação [altivez] será uma vergonhosa queda. Os efeitos do orgulho são: engano do coração (Jr 49:16); endurecimento da mente para a verdade (Dn 5:20); produção da inimizade (Pv 13:10); leva à auto-destruição (Pv 16:18; 2 Sm 17:23); esgota as energias, porque o esforço de manter o orgulho é demasiado difícil para ostentá-lo de forma permanente (Sl 131). A Palavra de Deus diz que Ele resiste ao soberbo (Tg 4:6).

A cura para o orgulho não está na maturidade obtida com os anos. A Escritura não recomenda que o neófito seja aceito na liderança da igreja para que não corra o perigo de tornar-se soberbo (1 Tm 3:6). Entretanto, a altivez não é vencida pelo acúmulo da experiência ou de conhecimento, mas, somente com o quebrantamento produzido pelo Espírito do Senhor. A Escritura Sagrada nos ordena que devemos nos humilhar na presença do Senhor, e ele nos exaltará (Tg 4:10). Noutro lugar, Tiago disse: “meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que receberemos maior condenação” (Tg 3:1).

Aquele que é identificado como ostentando uma soberba visível deve ser repreendido com amor. O princípio é muito simples: quem não é humilde não pode ser imitador de Cristo (Jo 13:1-11). Não importa quanto tempo de membro de uma igreja local você tenha, se o orgulho é uma característica dominadora em seu caráter, ele está te desqualificado para ser servo dos servos do Senhor.



Fonte: Ewerton B. Tokashiki em seu blog
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