domingo, 26 de agosto de 2012

Seja uma Mulher-Maravilhosa

Quem não se lembra de quando criança querer ser um super-herói? Pois é, eu me lembro que no meu tempo, enquanto os meninos queriam ser o Super-Homem, as meninas admiravam e desejavam ser a Mulher-Maravilha – com aqueles cabelos impecáveis, corpo escultural, braceletes indestrutíveis, laço mágico e um jato invisível de causar inveja ao Air Force One de Barack Obama; fora a tiara que podia ser usada como bumerangue, a força física sobre-humana e a velocidade de tirar o fôlego. Tempos bons que não voltam mais aqueles de criança!

Meninas atuarem Mulher-Maravilha ainda vá lá, afinal, faz parte da infância brincar no mundo da fantasia, mas mulheres tentarem bancar esta heroína com superpoderes, além de ridículo, pois já são crescidinhas, é cultivar a frustração. Pois Deus, quando criou a mulher, imaginou uma pessoa idônea, companheira e ajudadora do homem, ou seja uma Mulher-Maravilhosa e não uma Mulher-Maravilha (Gn 2.18).

Mas o feminismo conseguiu convencer as mulheres de que elas não precisam dos homens e que podem fazer tudo sozinhas, pois possuem habilidades quase superpoderosas. O problema é que "o feminismo não foi honesto com as mulheres", afirmou Camille Paglia, intelectual e escritora americana que se diz dissidente do feminismo do final da década de 1960.

Em entrevista à revista ÉPOCA (05/03/12 – pg. 88-90), Paglia diz que o movimento iludiu uma geração inteira ao afirmar que era possível cuidar da carreira primeiro e ter filhos e/ou família depois. Quando essas profissionais finalmente decidiram constituir família e ter filhos, "elas não conseguiram encontrar parceiros ou tiveram problemas de fertilidade. Seus planos foram frustrados pela natureza. As feministas estavam erradas ao exaltar a mulher profissional como mais importante que a mulher mãe e esposa".

Perguntada sobre por que as mulheres sofrem para se sentir realizadas, Camille respondeu que "a infelicidade que muitas mulheres sentem hoje resulta em parte da incerteza delas sobre quem são e sobre o que querem nesta sociedade materialista, voltada para o status, que espera que a mulher se comporte como homem [forte e poderosa – Mulher-Maravilha] e ainda seja capaz de amar como mulher. (...) Mas homens e mulheres sentem e expressam emoções de maneira diversa, porque os hormônios atingem o cérebro dos dois sexos em níveis diferentes".

Deus não muda. A essência da mulher também não. Ela deve ser ajudadora e não cabeça. Deve ser companheira e não competidora. Idônea e não indiscreta. E quando tentam mudar isso, o resultado é fracasso, frustração e muitas amarguras. Todos temos ouvido relatos de mulheres financeiramente independentes, realizadas profissionalmente e belas fisicamente, mas infelizes, pois o desejo mais profundo delas é se realizarem como mulheres, tal qual foram planejadas por Deus.

Quando uma "dissidente" do movimento feminista bota a boca no trombone e declara que a ideologia corrente é no mínimo desonesta, nós, o povo de Deus, deveríamos parar para pensar. Povo de Deus, as pedras estão clamando! Ouça o que o Espírito diz à Igreja. Se há realização plena para o ser humano, a mulher aqui em questão, esta não está nos padrões deste mundo, mas nos ideais da Palavra de Deus.

Pare de bancar a Mulher-Maravilha. Seja, sim, uma Mulher-Maravilhosa. Sabe por quê? "Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera. A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada" (Pv 31.29-30).

Mulher-Maravilha não existe. É coisa de criança. É fantasia. Mulher-Maravilhosa existe. É projeto de Deus. É realidade. Seja uma Mulher-Maravilhosa.




Fonte: Igreja Batista Central de Campinas
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