Durante revista no carro do pastor, a polícia encontrou vários envelopes contendo orações e valores dos depósitos feitos pelos fiéis
Fiéis da igreja evangélica ‘Ministério da Restauração e Libertação - Resgatando Vidas’ foram ao templo no último sábado (4) pedir devolução do pagamento de promessas de milagres não cumpridas, após descobrirem farsa de dois supostos pastores conhecidos como Walter Pantoja, 49, e Izomar Oliveira da Silva, 32.
Após o tumulto, a guarnição da 8º Companhia Interativa Comunitária foi acionada até a igreja, que está localizada na rua 5, Vila Marinho, Zona Oeste, e encaminhou o suposto pastor Pantoja e os fiéis até o 5º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que está funcionando no 19º DIP por causa de reformas. O outro suposto pastor não estava na igreja no momento da cobrança, mas será convocado a depor.
Segundo a dona de casa Bárbara Lima, 42, os pastores enganavam os membros da igreja com a divulgação de que eram detentores de poder e capazes de curá-las de várias doenças por meio de orações. Além disso, realizavam cultos e pediam dinheiro dos fiéis para que o milagre se realizasse.
De acordo com Bárbara, os pastores estão praticamente cinco meses no Amazonas e, na última semana, arrecadaram cerca de R$ 40 mil. “Depois de percebermos que havia fiéis que continuavam doentes, começamos a desconfiar e encontramos na internet várias denúncias de fraudes contra os pastores em outros Estados”, contou.
Na delegacia, Pantoja ‘explicou’ que o milagre ninguém faz, mas que há pelo menos 32 anos trabalha em vários Estados com o serviço de pregador. Ele garantiu que todo o dinheiro recebido no momento dos seus cultos é repassado à tesouraria da igreja.
De acordo com o delegado plantonista do 5º DIP, Cícero Túlio, o Amazonas é o quinto Estado em que os pastores pregam o mesmo discurso. “Estamos recolhendo as provas e realizando os boletins de ocorrências das vítimas. Com isso, abrimos um inquérito para continuarmos com as investigações e ambos vão responder processo por estelionato, curandeirismo e charlatanismo”, informou.
Fonte: Em Tempo
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