terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Atriz Babi Xavier vivencia acampamento inspirado em 1700 a.C para atuar em minissérie bíblica da Record

Dar fim ao jejum de três anos sem atuar já estava mesmo nos planos de Babi Xavier. A atriz só não imaginava que fosse conseguir, com isso, realizar um sonho antigo em sua carreira: participar de uma minissérie. Na pele da sensível Elisa de José do Egito, próxima minissérie bíblica da Record que estreia em 21 de janeiro, Babi experimenta participar de um projeto com texto fechado e acabamento bem distante do que é dado às novelas.

"É um resultado final diferente, não tem como negar. Você tem mais tempo e pode se aprofundar em cada cena ou situação tratada ali", explica a atriz, que está fora do ar desde que gravou o especial de fim de ano Balada, Baladão, na própria Record. Sua última novela foi em 2008, quando viveu a vilã Juli de Os Mutantes.  

Das diferenças entre participar de uma minissérie e uma novela, a que Babi mais destaca é a pesquisa realizada em equipe antes das gravações. Para José do Egito, o elenco contou com semanas de workshops que incluíram atividades jamais imaginadas pela atriz. Como, por exemplo, vivenciar um acampamento inspirado nos que eram montados em 1700 a.C., período retratado na história, e até abrir uma galinha e ver como as mulheres cozinhavam o animal.

"Culinária não é minha praia. Então, me propus logo a fazer isso porque, como não sou acostumada, achei que seria importante para mim. E foi. É bem complicado lidar com um bicho que acabou de ser morto na sua frente", recorda.

Na trama escrita por Vivian de Oliveira, a sofrida Elisa é esposa de Judá, vivido por Vitor Hugo. A personagem é mãe de três filhos e sofre com os maus tratos da sogra, personagem de Denise Del Vecchio, em função de sua saúde frágil. Por isso, muitas são as cenas em que Babi aparece chorando. Sequências essas que nem sempre são fáceis para a atriz, já que ela não consegue chegar às lágrimas do mesmo jeito que a maioria dos colegas.

"Não choro com cristais, infelizmente. Preciso encontrar a emoção certa para chorar de verdade. Então, saio do estúdio realmente esgotada", valoriza.

O interesse em ser escalada para o gênero bíblico na emissora começou na época da pré-produção de A História de Ester, protagonizada por Gabriela Durlo em 2010. Depois de assistir à obra e ver o aumento de investimentos para Sansão e Dalila, Babi já esperava ser lembrada para integrar o elenco de Rei Davi. Mas isso nem seria possível.

No mesmo período, ficou grávida de sua primeira filha, Cínthia, nascida no início deste ano. Ainda que estivesse livre, provavelmente, não entraria no projeto também por outro detalhe: a equipe de Rebelde a queria para interpretar a sumida Leila, que reaparecia depois de anos e mexia com a história do protagonista Tomás, de Chay Suede.

"Eu não me importaria, a barriga ainda não aparecia. Mas como a ideia era que a personagem pudesse ficar na trama até o final, acharam melhor que eu curtisse minha gravidez tranquila. E foi o que fiz", lembra. 

Outro detalhe que, inicialmente, causou desconforto foi o figurino.

"O véu que eu preciso usar é bem comprido e pesado. E são duas, três camadas de roupa. No começo, a gente estranha", minimiza ela, que também não se adaptou facilmente ao visual de outro trabalho seu.

"Em Bang Bang, eu gravava com espartilhos que me apertavam, faziam uma cinturinha. Mas o resultado no vídeo compensava qualquer incômodo. E, com o tempo, a gente se acostuma a esses detalhes", diz. 

Contratada como atriz desde 2006 pela Record – foi o próprio Alexandre Avancini, diretor geral de José do Egito, quem a levou para a emissora , Babi ainda torce para ser aproveitada em outras funções no canal. Como, por exemplo, a de apresentadora, atividade que já desempenhou no SBT, à frente do Programa Livre, e do reality Ilha da Sedução, na MTV e na operadora de tevê por assinatura Sky, entre outros projetos. Na própria Record, já chegou a comandar um especial sertanejo.

"Eles sabem que têm uma apresentadora sentada no banco. Tem gente que acha que não quero mais, só que eu quero e muito. Mas não fico me oferecendo por aí", atesta ela, que faz questão de frisar que está longe de seus planos deixar de atuar.

"Não largo a dramaturgia. Quero ainda fazer cinema e tenho aspirações como produtora e diretora, mas primeiro gostaria de desenvolver mais minhas habilidades como atriz e apresentadora", argumenta.



Fonte: TV Press
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