Praia do Itararé, evangélicos realizaram protesto contra a instalação da estátua
Aquilo que era para representar uma homenagem à diversidade e à união dos povos está à beira de uma briga religiosa. Evangélicos de São Vicente reuniram-se na tarde desta quarta-feira na Praia do Itararé para mostrar o descontentamento com um projeto de lei que prevê a instalação de uma escultura de Iemanjá no local.
O protesto deixou indignados representantes de religiões de matrizes africanas da Baixada Santista, que se dizem vítimas de preconceito e afirmam que o ato fere a Constituição Federal, que prevê a liberdade religiosa.
A polêmica também ganhou a internet, onde várias pessoas de diferentes religiões criticaram o posicionamento dos evangélicos quanto à proposta do vereador Hilton Macedo (PSB).
Pelo projeto, uma estátua de 2,30 metros de altura por 1,05 metro de largura e pesando 230 quilos seria construída, sem custos para São Vicente, em homenagem à Mãe das Águas.
Estátuas de Iemanjá estão presentes em várias cidades brasileiras, inclusive em Praia Grande, que foi visitada por aproximadamente 30 mil pessoas em dois finais de semana de dezembro, durante festejos, conforme informações da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Segundo Izaías Lopes, da Associação Amigos Pastores de São Vicente, o protesto não tem a intenção de cercear a liberdade de culto, mas sim a de demonstrar a democracia.
“O culto deve ser exercido em locais apropriados. A praia não é o local. Além de haver um impacto ambiental devido às oferendas que serão deixadas na areia”, diz Lopes.
O vereador licenciado Fernando Bispo (PSB), atual secretário municipal de Comércio, Indústria e Negócios Portuários, chegou a dizer que antecipa sua volta à Câmara para derrubar o projeto.
O presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Valter Guerreiro, que também é ministro religioso e pai-de-santo, classifica o ato dos evangélicos como intolerância religiosa. “Isso chega a ser um crime. Não vamos ficar parados assistindo uma cultura milenar ser tratada com preconceito”.
O diretor-presidente da Federação Nacional da Religião Orixá, Gladston Bispo, declara repudiar a atitude dos evangélicos. “Estou muito machucado e constrangido com mais esse ato de violência ao longo dos tempos”, diz Bispo.
Fonte: A Tribuna
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Aquilo que era para representar uma homenagem à diversidade e à união dos povos está à beira de uma briga religiosa. Evangélicos de São Vicente reuniram-se na tarde desta quarta-feira na Praia do Itararé para mostrar o descontentamento com um projeto de lei que prevê a instalação de uma escultura de Iemanjá no local.
O protesto deixou indignados representantes de religiões de matrizes africanas da Baixada Santista, que se dizem vítimas de preconceito e afirmam que o ato fere a Constituição Federal, que prevê a liberdade religiosa.
A polêmica também ganhou a internet, onde várias pessoas de diferentes religiões criticaram o posicionamento dos evangélicos quanto à proposta do vereador Hilton Macedo (PSB).
Pelo projeto, uma estátua de 2,30 metros de altura por 1,05 metro de largura e pesando 230 quilos seria construída, sem custos para São Vicente, em homenagem à Mãe das Águas.
Estátuas de Iemanjá estão presentes em várias cidades brasileiras, inclusive em Praia Grande, que foi visitada por aproximadamente 30 mil pessoas em dois finais de semana de dezembro, durante festejos, conforme informações da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Segundo Izaías Lopes, da Associação Amigos Pastores de São Vicente, o protesto não tem a intenção de cercear a liberdade de culto, mas sim a de demonstrar a democracia.
“O culto deve ser exercido em locais apropriados. A praia não é o local. Além de haver um impacto ambiental devido às oferendas que serão deixadas na areia”, diz Lopes.
O vereador licenciado Fernando Bispo (PSB), atual secretário municipal de Comércio, Indústria e Negócios Portuários, chegou a dizer que antecipa sua volta à Câmara para derrubar o projeto.
O presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Valter Guerreiro, que também é ministro religioso e pai-de-santo, classifica o ato dos evangélicos como intolerância religiosa. “Isso chega a ser um crime. Não vamos ficar parados assistindo uma cultura milenar ser tratada com preconceito”.
O diretor-presidente da Federação Nacional da Religião Orixá, Gladston Bispo, declara repudiar a atitude dos evangélicos. “Estou muito machucado e constrangido com mais esse ato de violência ao longo dos tempos”, diz Bispo.
Fonte: A Tribuna
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