O ímpeto está crescendo para um ataque aéreo israelense ao Irã – com ou sem apoio norte-americano
Será que é tudo parte de uma campanha cuidadosamente estruturada de blefes e boatos para apoiar sanções mais severas e trazer o Irã à mesa de negociações – ou será que o terreno está de fato sendo preparado para um ataque às instalações nucleares iranianas nos próximos meses? Talvez não seja nenhum dos dois, e as pessoas que contam, aqueles que ainda não se decidiram, estão especulando e debatendo freneticamente.
No início de fevereiro a conferência anual de segurança Herzliya em Israel deu uma plataforma para a elite militar e de inteligência do país tornar públicas as suas preocupações sobre os progressos do Irã na fabricação de uma arma nuclear. O belicoso ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que a “janela” para um ataque efetivo estava se fechando rapidamente por causa da movimentação contínua de centrífugas essenciais de enriquecimento de urânio para as instalações no subsolo de Fordow, perto da cidade sagrada de Qom, que daria ao Irã uma “zona de imunidade” na qual eles poderiam fazer uma bomba independentemente de quaisquer intervenções vindas de fora.
O equivalente norte-americano de Barak, Leon Panetta, que estava viajando com jornalistas para uma conferência com seus colegas da Otan em Bruxelas, confessou pouco tempo depois que havia grandes chances de um ataque israelense ao Irã em abril, maio ou junho, quando os céus costumam estar mais claros. Panetta não falou oficialmente, mas recusou depois uma oportunidade de retirar suas afirmações.
Em meio à eminente guerra de palavras, preparações militares para um conflito estão, sem dúvida, acontecendo. O chefe das tropas terrestres da Guarda Revolucionária Iraniana anunciou exercícios no sul do país, perto do Estreito de Hormuz, e os Estados Unidos já deram início ao maior treinamento militar para um desembarque anfíbio em uma década, descrito pelo Almirante John Harvey, do Comando da Marinha, como “motivado por acontecimentos recentes” e “aplicável” ao Estreito de Hormuz. Enquanto isso, o DEBKAfile, um exagerado, mas às vezes bem-informado site de segurança israelense, anunciou que “muitos milhares” de tropas norte-americanas estavam chegando nas duas ilhas perto do Estreito, Masirah, em Omã, e Socotra, no Iêmen.
Mas mesmo com todos os alarmes e excursões, há poucas conclusões concretas sobre o possível ataque eminente ao Irã, ou sobre se Israel está preparado para agir de forma unilateral. E ainda não está claro se, caso fossem convencidos de que isso está prestes a acontecer, os Estados Unidos se sentiriam obrigados a apoiar Israel e dar continuidade aos ataques. Apenas aqueles nos cargos mais altos do governo de Israel (e talvez dos Estados Unidos) sabem se as forças aéreas israelenses são capazes de conduzir um ataque sem ajuda.
Fonte: Opinião e Notícia
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Será que é tudo parte de uma campanha cuidadosamente estruturada de blefes e boatos para apoiar sanções mais severas e trazer o Irã à mesa de negociações – ou será que o terreno está de fato sendo preparado para um ataque às instalações nucleares iranianas nos próximos meses? Talvez não seja nenhum dos dois, e as pessoas que contam, aqueles que ainda não se decidiram, estão especulando e debatendo freneticamente.
No início de fevereiro a conferência anual de segurança Herzliya em Israel deu uma plataforma para a elite militar e de inteligência do país tornar públicas as suas preocupações sobre os progressos do Irã na fabricação de uma arma nuclear. O belicoso ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que a “janela” para um ataque efetivo estava se fechando rapidamente por causa da movimentação contínua de centrífugas essenciais de enriquecimento de urânio para as instalações no subsolo de Fordow, perto da cidade sagrada de Qom, que daria ao Irã uma “zona de imunidade” na qual eles poderiam fazer uma bomba independentemente de quaisquer intervenções vindas de fora.
O equivalente norte-americano de Barak, Leon Panetta, que estava viajando com jornalistas para uma conferência com seus colegas da Otan em Bruxelas, confessou pouco tempo depois que havia grandes chances de um ataque israelense ao Irã em abril, maio ou junho, quando os céus costumam estar mais claros. Panetta não falou oficialmente, mas recusou depois uma oportunidade de retirar suas afirmações.
Em meio à eminente guerra de palavras, preparações militares para um conflito estão, sem dúvida, acontecendo. O chefe das tropas terrestres da Guarda Revolucionária Iraniana anunciou exercícios no sul do país, perto do Estreito de Hormuz, e os Estados Unidos já deram início ao maior treinamento militar para um desembarque anfíbio em uma década, descrito pelo Almirante John Harvey, do Comando da Marinha, como “motivado por acontecimentos recentes” e “aplicável” ao Estreito de Hormuz. Enquanto isso, o DEBKAfile, um exagerado, mas às vezes bem-informado site de segurança israelense, anunciou que “muitos milhares” de tropas norte-americanas estavam chegando nas duas ilhas perto do Estreito, Masirah, em Omã, e Socotra, no Iêmen.
Mas mesmo com todos os alarmes e excursões, há poucas conclusões concretas sobre o possível ataque eminente ao Irã, ou sobre se Israel está preparado para agir de forma unilateral. E ainda não está claro se, caso fossem convencidos de que isso está prestes a acontecer, os Estados Unidos se sentiriam obrigados a apoiar Israel e dar continuidade aos ataques. Apenas aqueles nos cargos mais altos do governo de Israel (e talvez dos Estados Unidos) sabem se as forças aéreas israelenses são capazes de conduzir um ataque sem ajuda.
Fonte: Opinião e Notícia
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