terça-feira, 10 de abril de 2012

A Futilidade das Riquezas

“Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir. Grave mal vi debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam para o próprio dano. E, se tais riquezas se perdem por qualquer má aventura, ao filho que gerou nada lhe fica na mão”. Eclesiastes 5:12-14

Em sua mensagem de hoje o sábio começa mostrando o contraste entre o homem que trabalha para o seu sustento, e aquele que trabalha pela riqueza. Ao usar o sono como uma figura de linguagem, Salomão expressa a paz de espírito que o ser humano precisa ter em relação às coisas da vida. O importante não é a quantidade do ganho, mas sim o ganhar. Quer seja pouco ou muito, nossa preocupação deve ser trabalhar pelo ganho, e o resultado pertence a Deus. O mundo está cheio de pessoas com stress, depressão, e aflição, porque elas não conseguem ter sucesso com as riquezas. Infelizmente este quadro também tem se projetado no meio cristão, e a inquietação pelas coisas materiais tem levado muitos a fraquejarem na fé. Constantemente nós estamos fazendo uma associação do bem-estar da vida material, com a vida espiritual: se ganho pouco, Deus não está me abençoando, se outra pessoa ganha muito é porque Deus a está abençoando. As pessoas querem medir o êxito da vida cristã pelo resultado alcançado na vida material.

Deus nunca prometeu riquezas para Seus filhos. Se alguém acumulou riquezas ela vem de uma destas três fontes: ou a pessoa poderia ser um fiel mordomo para honra e glória do Senhor e assim Ele a abençoou, ou inimigo resolveu enriquecer alguém para cumprir seus propósitos, ou a própria pessoa, pelo dom divino, tem uma grande habilidade de administrar recursos. Em todos os três casos, o risco de perder as riquezas existe, é muito grande. Na altura de sua vida quando Salomão escreveu isso, ele já era um homem muito rico, e compreendeu a futilidade dos bens materiais. Foi por isso que ele escreveu que “doce é o sono do trabalhador que não está preocupado com as riquezas”.

Jesus tinha razão quando disse: “E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Mateus 19:24. Agulha era um pequeno portal que havia nos muros das cidades antigas, que mal dava para passar um homem curvado. Esse portal era usado para as pessoas entrarem na Cidade à noite quando o portão principal estava fechado. Sendo o camelo o maior animal dos tempos Bíblicos, era praticamente impossível ele passar pelo “olho da agulha” como era chamado esse pequeno portal.

Eu vejo três razões porque Salomão e Jesus estão corretos sobre as riquezas: (1) As riquezas encorajam uma falsa independência. Se uma pessoa é bem-provida de bens, ela é muito hábil em pensar que pode lidar com qualquer situação que pode surgir. Com certeza ela não vai sentir muita necessidade de Deus. (2) As riquezas algemam a pessoa nesta terra. “Porque, onde está o teu tesouro,” disse o Jesus, “aí também estará o teu coração.” Mateus 6:21. Se tudo que a pessoa deseja (materialmente falando) ela consegue neste mundo, todos os seus interesses estarão aqui, e ela nunca vai pensar no mundo porvir . (3) As riquezas tendem a fazer a pessoa egoísta. Porém, quanto mais ela tem, mais ela vai querer. Além disso, uma vez que já se possuiu o conforto e o luxo, ela sempre tende a temer o dia quando ela vier a perder tudo, a vida se torna uma estrénua e preocupante luta para reter as coisas que tem. O resultado é que quando um homem fica rico, ao invés de ter o impulso para doar um pouco dos seus bens, ele tem a tendência de retê-las para si próprio.

Que nesta semana, Deus abra a nossa visão para as riquezas celestiais. Estas, não são riquezas passageiras, mas perduram para sempre!


Fonte: Meditação Por do Sol – Advir
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